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Senadora Kátia Abreu: ‘mortes no transito nunca mais’ não é melhor do que ‘autoescola nunca mais’?!

Precisamos desenvolver ações que busquem o real aprimoramento do trânsito brasileiro envolvendo todos os atores que compõem esse cenário. Ações populistas sem qualquer embasamento ou estudo não contribuem para isso.

Por Magnelson Carlos de Souza, presidente

16/03/2020 00h00 - Atualizado em 31/03/2020 00h00

Senadora Kátia Abreu: ‘mortes no transito nunca mais’ não é melhor do que ‘autoescola nunca mais’?!

Hoje temos números alarmantes de acidentes e mortes no trânsito brasileiro — 34.236 mortes de trânsito em 2017, último registro disponível do Ministério da Saúde. Existe uma luta constante por parte de todos os envolvidos no tema trânsito para que esses números diminuam cada vez mais (órgãos públicos, entidades que formam os condutores e a sociedade).

Agora, imagine se diante desse cenário e, em nome do ‘populismo político barato e irresponsável’, banalizarmos um setor que vem avançado ao longo dos anos, ainda que longe do ideal, mas devolvendo resultados comprovados de diminuição do número de mortes no trânsito (veja abaixo).

É o que propõe a senadora Kátia Abreu (PDT/TO) em seu projeto de lei (PL nº 6485/2019), reforçado por matéria de sua autoria publicada na revista VEJA, edição nº 2678 (18/03/2020), intitulada “Autoescola nunca mais”. Propositura e matéria essas sem qualquer embasamento ou estudo técnico, e o pior, faltando com a verdade em vários trechos do artigo, em especial o apontamento dos valores para obtenção da CNH que foge totalmente da realidade, refletindo assim apenas a opinião da senadora, que nos parece estar em busca de um palanque.

Mortes no trânsito

• 2017: 34.236
• 2016: 37.345
• 2011: 43.256

*Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) – Ministério da Saúde

É importante destacar que há muito a ser feito para melhorar o processo de formação de condutores e, consequentemente, todo o trânsito brasileiro. Para isso, mais do que nunca precisamos de inúmeros debates entre especialistas, autoridades, órgãos de trânsito, entidades representativas dos setores envolvidos e a sociedade em geral para desenvolver ações que vão de fato reverter esse cenário preocupante de acidentalidade e mortalidade no trânsito.

Reconhecemos a manifestação da senadora Kátia Abreu em defender o seu ponto de vista e torcemos para que mais parlamentares se manifestem sobre o tema trânsito, contudo, defendemos que é preciso haver o diálogo, seriedade e responsabilidade entre os envolvidos no assunto em questão.

Exaltamos também o posicionamento da senadora em propor que parte da arrecadação obtida com multas de trânsito seja aplicada no próprio trânsito. Passou da hora disso acontecer. Porém, matérias como essa, veiculadas numa grande mídia como é a revista VEJA, depõem contra um setor, que reconhece a necessidade de avanço e mudança, mas que luta a todo momento para sobreviver, avançar, cumprir as legislações e se modernizar para prestar um serviço de qualidade.

Não podemos nos esquecer que a Educação para o Trânsito está prevista no Código de Trânsito Brasileiro para ser aplicada desde a pré-escola, fato esse que lamentavelmente não ocorre. Talvez aplicando o que a legislação determina desde os níveis básico de ensino, o nosso setor não seria manchete – na maioria das vezes negativa – de matérias como essa, até porque as Autoescolas/CFC’s são as únicas entidades de ensino que aplicam a educação para o trânsito.

Como já dito anteriormente, até mesmo em Ofício enviado à senadora Kátia Abreu, nos colocamos a inteira disposição para colaborar em ações, projetos ou mesmo subsídios técnicos, para o aprimoramento do trânsito brasileiro. Sem diálogo, tudo o que nos resta é levar em consideração apenas nossa própria opinião, sem conhecimento das consequências e, deixando de lado um setor de aproximadamente 14,4 mil empresas legalmente constituídas, que geram mais de 114 mil empregos diretos no Brasil.

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